Tuesday, June 13, 2006

DOMINGO, 30 DE JUNHO DE 1974

Toda a Companhia vive momentos de alta tensão, sob a ameaça de um bombardeamento. Quando menos se espera, os balázios começam a cair sobre nós. Resta-nos o refúgio dos abrigos subterrâneos e ripostar com acerto e segurança.
Sentimo-nos órfãos, com a “fuga” do Capitão, com a ausência do novo comandante e com o afastamento dos que estão em férias, mas faremos tudo o que estiver ao nosso alcance, e o melhor possível para enfrentar e suplantar todas as dificuldades.
Por rádio, tivemos conhecimento da recusa dos pilotos aéreos das avionetas civis, em voar para o Zóbuè. Alegam motivos técnicos, mas sabemos que o verdadeiro motivo é a ameaça que paira no ar.
A luz apagou-se às 19 horas e não houve saídas para a vila.


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