Thursday, October 19, 2006

TERÇA-FEIRA, 22 DE OUTUBRO DE 1974

Um grupo de militares portugueses, entre eles o furriel Marques foi a Tete para uma festa de anos. Na continuação, deslocaram-se até à barragem de Cabora-Bassa.
Agora que a actividade bélica cessou, ocupar o tempo tornou-se tarefa difícil, pelo que é necessário pôr a imaginação a não dar tréguas à arte e ao engenho.
Durante várias horas, à sombra da palhota do quartel, um grupo de militares entreteve-se no fabrico de colares e de pulseiras, em missangas coloridas.
— Está bonito, meu furriel? — questionou o soldado Brilhante.
— Que beleza! Quando chegares à Metrópole monta uma fábrica.
— Furriel, eu vou fazer concorrência às muanas. — exclamou o soldado Veiga, enfiando várias pulseiras nos dois pulsos.
Outro grupo de soldados ocupou-se a trabalhar o pau preto, tentando realizar imitações de estatuetas artísticas. Simples recordações da passagem por África.


0 Comments:

Post a Comment

<< Home