Wednesday, August 16, 2006

QUARTA-FEIRA, 28 DE AGOSTO DE 1974

O ambiente, na Companhia, está a ficar pesado, por causa do 1º sargento. Desde que o homem chegou de férias, parece querer mandar em tudo e em todos. Agora, ameaçou o pessoal. Se lhe apetecer passar ronda aos postos de segurança, a qualquer instante, e não encontrar a sentinela no seu lugar, em posição de alerta, avança com uma participação.
— Logo agora que não há guerra! Só podem ser paranóias dos chicos. — exclamam muitas vozes discordantes.
Desde sempre os furriéis quiseram proceder do mesmo modo, por questões de segurança, mas sempre foram desaconselhados pelos comandantes da Companhia.
O dia esteve bastante quente e o pessoal, de tronco nu, vingou-se ingerindo líquidos bem frescos, sobretudo, cerveja Manica e LM.
— Ó 4L, avia mais umas bazucas. O pessoal se não morre na picada, morre de sede! — exclamou o furriel Guedes.
E o Cabo Sousa, qual bichinho carpinteiro, lá vai destapando as caricas das garrafas e colaborando, indirectamente, no avolumar do abdómen de alguns militares.



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