FORMAÇÃO DO BATALHÃO 5014
Tudo começou no Verão de 1973. Na época, o país encontava-se "orgulhosamente só", pois do estrangeiro, salvo raras ajudas economicamente interesseiras, as Nações Unidas veementemente vetavam o prosseguimento da guerra contra os grupos de libertação das províncias africanas. Por outro lado, o povo português, subjugado às rédeas do poder ditatorial, opunha-se à manutenção de uma luta fraticida, cujas principais consequências eram a perda e estropiação dos seus filhos e o empobrecimento acentuado da economia nacional.
Aos poucos, os militares foram chegando ao BC 10, o quartel da cidade de Chaves. Uma vez acantonados, os jovens militares, distribuídos pelas quatro Companhias do Batalhão, cumpriram um período de acelerada instrução teórico-militar, dita de preparação para a guerra de guerrilha a enfrentar nas densas e perigosas matas das ex-províncias ultramarinas.
Com o passar dos dias, e apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas, irmanados pelo mesmo espírito, cada vez mais se cimentava o conhecimento, a solidariedade e a camaradagem entre todos.
Obrigados, sabíamos que tínhamos de ir combater para um continente estranho, para uma terra longínqua que não nossa, contra alguém, jovens como nós, que desconhecíamos _ assim como os seus ideais políticos.
Tudo suportámos para mais tarde podermos enfrentar, no nosso país, a luz dos dias, com um sorriso nos lábios, mesmo se estes sentissem o amargo paladar da dor.
Aos poucos, os militares foram chegando ao BC 10, o quartel da cidade de Chaves. Uma vez acantonados, os jovens militares, distribuídos pelas quatro Companhias do Batalhão, cumpriram um período de acelerada instrução teórico-militar, dita de preparação para a guerra de guerrilha a enfrentar nas densas e perigosas matas das ex-províncias ultramarinas.
Com o passar dos dias, e apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas, irmanados pelo mesmo espírito, cada vez mais se cimentava o conhecimento, a solidariedade e a camaradagem entre todos.
Obrigados, sabíamos que tínhamos de ir combater para um continente estranho, para uma terra longínqua que não nossa, contra alguém, jovens como nós, que desconhecíamos _ assim como os seus ideais políticos.
Tudo suportámos para mais tarde podermos enfrentar, no nosso país, a luz dos dias, com um sorriso nos lábios, mesmo se estes sentissem o amargo paladar da dor.
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